segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Duas almas


Ó tu que vens de longe
Ó tu que vens cansado
Entra, é, sob este teto encontrarás carinho
Eu nunca fui amada, e vivo tão sozinha
Vives sozinho sempre, e nunca fostes amado
A neve anda branquear, lividamente , a estrada,
E a minha alcova tem a tepidez de um ninho.
Entra, ao menos até que as curvas do caminho
Se banhem no esplendor nascente da alvorada
E amanhã quando a luz do sol
Dourar, radiosa,
Essa estrada sem fim, deserta,imensa e nua
Podes partir de novo,
Ó nômade formoso
Já não serei tão só
Nem irás sozinho
Há de ficar comigo uma saudade tua
Hás de levar contigo uma saudade minha...

Alceu Wamosy


Recebi de um grande e querido amigo
uma seleção de poesias, entre tantas
que li me identifiquei com "Duas almas", 
ela me tocou fundo no coração, sim,
porque com certeza eu já não serei tão só,
pois levarei comigo para sempre a tua amada lembrança.

Tânia - Tunica



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